Capítulo 1 de "Os Ghad Kardeşler"

Uma explosão. Outra veio em seguida. O estrondo parecia catastrófico. Como se o fim do mundo estivesse para ocorrer. Os soldados começaram a correr para posição no andar de baixo. Todos começaram a ficar alertas. Dava para ver das janelas que toda a rua estava começando a ficar movimentada. Todos foram pego de surpresa, e estavam muito alarmados. Todavia era cedo demais, não era para eles terem saído ainda. O tempo estava correndo contra os dois irmãos. Agora precisavam terminar sua tarefa antes que nunca. Era a única salvação. Não apenas pelo bem de suas vidas, mas pelo bem de toda a missão. O corredor que estava vazio era comprido e longo. A luz do luar que iluminava o caminho dos dois pelo corredor foi ficando ofuscada pela nuvem da fumaça. O tom vermelho começou a ser refletido na fumaça que se espalhava pelos céus e um clima de guerra começou a predominar. Na lateral podia ver toda a Praça de São Marcos. O lugar mais privilegiado da cidade. Ali era uma zona de alto risco, apenas estarem ali era perigoso. E agora estavam num perigo maior do que nunca. Obviamente o lugar mais perigoso de todo o reino. Mais gritos de alertas vinham de corredores internos. O palácio estava acordando. Deviam faltar apenas alguns segundos para a janela de oportunidade ser perdida. Eram momentos cruciais. E ali estavam eles. Correndo contra o tempo dentro daquele corredor lateral com toda a vista da praça na sua direita. O céu agora vermelho iluminava sinistramente o caminho. O chão de mármore branco em breve estaria manchado de sangue. A quem o sangue ia pertencer cabia apenas aos dois irmãos decidirem. Era a hora da verdade e a porta final do corredor iria revelar esta. O fim estava logo ali. Era o epílogo de tudo. Mas todo fim têm um começo. E agora é a hora de contar como tudo se deu. Era uma vez...


A noite tinha acabado de cobrir a terra mediterrânea. Com esta o fim da viajem dos dois assamitas tinha chegado finalmente a um fim. Ao olharem pela borda do barco viram o que estavam há tempos esperando. A bela cidade de Veneza estava a dispor de seus olhos agora. Os canais, os palacetes, toda a arquitetura peculiar da Itália estava logo ali a sua frente, e a lua iluminava toda a paisagem dando um ar romântico e complacente. Era uma linda visão para quem a avistava pela primeira vez. Nada no mundo podia ser comparado com tal beleza da humanidade. Só que de humanos os dois irmãos tinham pouco. Estavam mais ansiosos com as missões que os aguardavam. Ao finalmente pisarem na calçada da ilha, há um passo do barco, fizeram conforme foi sugerido. “Abra o pergaminho quando pisarem em Cannaregio”. Turistas normais ficaram apreciando a linda ponte á sua esquerda ou a grande torre da igreja logo há sua frente, mas não esses dois irmãos. Era a hora de chegar à base da guilda que ficava em uma localização secreta em Veneza. O barco que os trouxe era uma típica embarcação mercadora que sequer percebeu que tinha peregrinos amaldiçoados viajando com eles. Estavam ocupados agora com a carga e por incrível que fosse ignoraram os dois assamitas saindo do subsolo do barco. Talvez fossem espertos demais para tentar fazer algo a respeito. Assim sendo, logo na frente do barco, logo no primeiro passo dado na cidade, abriram o pergaminho. E esse dizia. “Entre os três sinos, toda a cidade se é vista. Entre os três sinos, se deve estar. Entre os três sinos, quando o luar iluminar estes, um reflexo vermelho os chamará”.

Ashlam encontrava-se finalmente em seu destino, o barco havia os deixado exatamente em Cannaregio, lugar de praticamente todos os Assamitas de Veneza, os irmãos seriam logo reconhecidos por seus iguais de sangue, mas precisavam encontrar a fortaleza assamita dentro da cidade, para isso tinham aquele enigma.

- Haqim não iluminou-me na busca pelas respostas deste enigma Izhim, e a você? Talvez eu terei que estudar um pouco mais a cidade para ter informações mais completas.

Ashlam não havia decifrado o enigma de primeira como sempre fazia com a maioria, sua mente aguçada era sempre rápida e certeira, porém desta vez não havia sido.

Izhim ajeitava as vestes com as mãos enquanto observava a beleza da grande cidade de Veneza, fazia uma análise rápida e detalhista da primeira impressão que recebia da grande cidade tocada pelo mar.
"Certamente mais uma região onde poucos esnobam o luxo maior e muitos alimentam-se dos restos que os poucos jogam aos porcos."
Sua atenção foi roubada pelas palavras ditas por seu irmão mais velho e principalmente pelo enigma que estava escrito no pergaminho lido também por seu irmão, Izhim fez uma breve pausa e com sua voz firme e sempre severa como a de um nobre guerreiro deveria possuir.
-Um sino sempre irá simbolizar algum lugar sacro, independente da região em que o mesmo se encontrará. Nas mesquitas daqueles que oram para Alá ou nas Catedrais dos que oram para Jeová. Devemos ir para a Catedral mais próxima, já que estamos em solos cujas crenças cristãs infectam os mortais e os filhos de Caim.

- Ó jovem irmão, acredito que devemos ir para a Catedral, estas certo. Minha mente ficou nublada para estes detalhes tão simplórios.

Ashlam descia do barco já fechando o pergaminho que possuía, guardava-o em sua sacola de viagem com todo o cuidado, mas não temia muito, pois ninguém conseguiria sequer toca-la sem que ele soubesse.

Ele descia do barco sem muita cautela, afinal seu irmão mais jovem e também o guerreiro estava a suas costas, era assim como eles agiam, um sempre vigiando as costas do outro, isso dava a eles uma liberdade e confiança soberbas se comparadas a qualquer outro guerreiro veterano. Limpava o pó de suas vestes, assim como já buscava analisar as pessoas presentes naquele lugar onde acabavam de chegar.

Finalmente os dois irmão estavam em solo firme. A bela cidade estava logo ali. Todavia não era o melhor distrito da cidade para poder apreciar sua beleza. Os que ali vagavam eram os mais pobres e humildes. Pessoas estranhas em farrapos vagando pelas sombras causadas pela lua nos predios. Simples pescadores sentados na calçada pegando algum peixe logo na água calma da noite. Na frente dos dois assamitas estava o fundo da igreja com a maior torre do lugar. Parecia totalmente fechada e abandonada. Todavia para chegar no topo, na torre, talvez não fosse necessário adentrá-la. Os tijolos faltando do lado de fora davam uma impreção de escada. Porém havia outras possíveis maneiras se fossem mais observadores. Talvez fosse melhor dar a volta no quarteirão e ir ver a porta da frente. Muitas opções logo no começo.

O Guerreiro tomou a frente, não deveria ser exatamente assim a conduta de um irmão mais novo na presença de seu irmão mais velho, mas para o Guerreiro experiente da Teia dos Punhais não havia motivo algum de esperar pelas palavras do seu irmão nessa ocasião tão simples, ambos deveriam apenas seguir para a Igreja abandonada.
-Daremos a volta para entender melhor onde iremos...
Comentou o homem na língua nativa dos dois irmãos e então começou a caminhar pelas calçadas dando uma volta completa pelo quarteirão, seus olhos observavam detalhadamente cada espaço e cada tijolo da construção.

- Antecipa-me com facilidade irmão, sua juventude prevalece frente a minha notória sabedoria. Daremos a volta sim. Precisamos de um local alto, afinal assim decifraríamos com facilidade tal enigma.

Ashlam responde seu irmão com seriedade e um tanto de cortesia, seu irmão era sempre muito enérgico e um tanto apressado, porém Ashlam sabia que não deveriam perder tempo, afinal sua missão exigiria tudo deles. Enquanto dava a volta pela igreja, prestava atenção em praticamente qualquer pessoa que cruzasse seus caminhos e também espiões que supostamente poderiam estar a espera dos irmãos Ghad.

Izhim caminhava com os ombros relaxados e as vezes movia o pescoço para os lados para conseguir observar melhor o local pelo qual passavam. Era uma cidade nova, eram pessoas novas e certamente uma cultura completamente diferente..."Os mortais continuam tão interessantes e simples, não importa em qual região em que vivem, eles sempre encontram uma maneira confortável, ou vivem em busca dessa." Pensou o Guerreio antes de comentar ainda na língua nativa de ambos a seguinte frase com seu irmão.
-Ashlam, meu caro irmão. O enigma ao meu ver já foi descoberto só nos resta encontrar uma maneira de entrar nesta construção abandonada, certamente se estivesse sozinho teria escalado-a em um piscar de olhos. Lembre-me de agradecer o Ancião por envia-lo comigo nesta missão, minha impulsividade nem sempre é minha principal arma.

O irmão mais novo estava bastante confiante naquele início
de noite. Muitas missões quase impossíveis completada com êxito levaram o
cainita a não se atormentar mais com leves detalhes de discrição que às vezes
pode salvar a vida de um assassino. Com a presença de seu irmão esse sentimento
de despreocupação era maior ainda. O que fez simplesmente este andar para a
frente da igreja pelo meio da rua. A rua era margeada por um típico canal
veneziano. Era uma rua sem janelas e portas, uma viela lateral entre a via
principal do porto e a via que ficava a entrada da igreja. Devia ter apenas uns
cem metros, o comprimento que a construção cristã tinha. No final dava para ver
a rua paralela à do porto. Parecia estar totalmente deserta, exceto por
movimentos perto da entrada da igreja logo na esquina. Não dava para ver
direito, mas dava par ter a idéia de que havia algo ali.


Off - Façam teste de Percepção + Prontidão e se acharem recomendável façam
teste de Destreza + Furtividade também.

O membro 'Agamenon' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

#1 'd10' :

#1 Resultado :


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#2 'd10' :

#2 Resultado :


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#3 'd10' :

#3 Resultado :

Ashlam continua atento a tudo a sua volta.

Ele segue seu irmão mais novo em direção a frente da igreja.

Teste de Prontidão + Percepção
Stian efetuou 4 lançamento(s) de dados d10 :

, , ,

Teste Destreza + Furtividade
Stian efetuou 5 lançamento(s) de dados d10 :

, , , ,

Off:
Percepção + Prontidão

Destreza + Furtividade também

O membro 'Danto' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

#1 'd10' :

#1 Resultado :


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#2 'd10' :

#2 Resultado :

O irmão mais novo parecia muito mais agitado que seu parceiro. Fui necessário um pouco de sorte para não se deparar de cara com o grupo que logo ali se reunia. Claro que não iria aparecer logo na frente deles, só que como eram amaldiçoados que ali se reuniam qualquer descuido era muito. Assim sendo estava os dois irmãos agora ouvindo atentamente aquele grupo se reunindo. Eram dois amaldiçoados e um senhor comum. Os dois claramente eram árabes, seguidores de Set. Parecia que ali era território deles. Apenas um deles falava com o senhor veneziano. O outro só dava ordens para o intermediário traduzir suas falas do árabe. Não pareciam felizes, muito pelo contrario. Estavam irritados e não paravam de reclamar sobre o arsenal do armazém de mariscos. Parecia que alguém havia roubado muitos bens valiosos deles em seu próprio território. Saber que aquele pedaço de terra já tinha um dono era valioso. Ainda mais para os dois irmãos que conheciam tão bem aquele povo. Parecia que não iriam sair tão cedo da frente da igreja. Apenas o veneziano, foi correndo para chamar mais recrutas. Eles iriam a caça de um ladrão.

- Sempre apressado meu jovem irmão...Assam não nos criou em apenas um dia, ele levou centenas....

Sussurrou o irmão mais velho, o suficiente para que o irmão mais velho ouvisse e àqueles que estavam sendo ouvidos não.

"Meu irmão parece incontrolável, já não é o mesmo de antes, a Teia dos Punhais não fez bem a sua mente...tenho que tentar colocar lucidez em suas ações, caso contrário será apenas uma máquina de matar enfurecida..."