[WWW] Bill “Yellow Eyes” - Chapter 1 - Black Town

17 de Fevereiro de 1863, 6 horas da noite, Arizona, Black Town.



A cidade se chamava Black Town. Pelo menos era o que dizia a plaqueta de madeira meio caída na entrada daquele vilarejo no meio do deserto. O lugar era bastante desolado, o dia havia sido terrivelmente quente e devia ser assim todos os dias ali. Um pouco de povoação no meio do nada. Não havia mais que duas ruas naquele lugar. Entretanto havia bastante movimento. Carroças atravessavam a alameda esburacada levantando poeira de um lado para o outro. Pessoas chegavam de todas as direções. Parecia haver muitos mineiros voltando de um longo dia de trabalho. Provavelmente era uma cidade recém-criada, dado ao fato de haver muitas casas ainda em construção. Era um lugar novo que o homem branco se fixava. Era uma cidade fedida. Pessoas com cara de mau caráter e com rifles nas costas chegavam a cavalo vindas de todas as direções e entravam nos saloons a cada segundo. Estava repleto de pistoleiros naquele lugar. Mas o fedor era pior que apenas o de pioneiros do oeste que não tomavam banho. Era um fedor maligno. Havia algo muito podre corroendo aquele pedaço de lugar nenhum no meio do deserto. Uma cena já comum naqueles dias.



Quando as últimas luzes no horizonte se foram Towni chegou àquela cidade. Estava cansado e com sede depois de um longo dia vagando pelas terras de seus antepassados. Todo aquele território outrora já pertenceu a algumas tribos indígenas que o andarilho já teve o prazer de conhecer. Este não estava satisfeito em chegar a um lugar tão fedido e violento como aquela cidade se mostrava ser. Entretanto não parecia haver muita escolha. Precisava matar sua fome e descansar um pouco. O dia seguinte não havia significado, entretanto andar não parecia ser uma má escolha. Principalmente quando a outra opção seria permanecer naquele lugarejo tão repulsivo. Não era de se espantar que os moradores do lugar olhassem para o recém-chegado. Olhares frios e rancorosos pesaram em cima dele. Todavia a vida é assim, cruel, Towni era um indígena e vagava por uma terra onde sua raça era detestada. Só que precisava de um lugar para passar a noite e o saloon na sua frente parecia ser uma boa escolha. Claro que muitas pessoas com aparência perigosa também adentravam aquele lugar. Só que nosso andarilho não tinha o que temer, era um ser forte afinal. Adentrando a porta do bar ele recebeu mais olhares raivosos. Porém o recinto estava lotado e sua presença foi pouco notada. Parecia que as moças estavam se preparando para fazer um espetáculo no fundo do salão e os homens estavam muito animados com isso. O balcão estava também bastante movimentado e o whisky era o mais procurado ali. Os dois barmen de meia idade pareciam bastante ocupados. Pessoas jogavam cartas em algumas mesas logo na direção oposta à grande multidão que esperava pelas lindas mulheres se apresentarem. Era um lugar muito confuso para o forasteiro, mas este parecia não ter muitas opções no momento.

Towni detestava qualquer tipo de fortificação ou cidade dos carrascos de pele branca, eram invasores sem alma que buscam apodrecer tudo em que tocavam. O fedor do local era a prova concreta do ódio e remorso que corriam pelas veias do garou que por falta de opção caminhava em direção ao bar. Towni usava roupas velhas e surradas, era o típico indígena andarilho que vivia entre os "cara-pálida" por obrigação e não por escolha, ele caminhava com cautela e não olhava para os lados, procurava não encarar nenhum daqueles bêbados fétidos e arruaceiros e parou em frente ao balcão do bar.

-One bread and one cup of water please...

Spoiler:

Disse o garou na língua dos impuros humanos, ele falava com um dos homens que trabalhavam atrás do balcão e esperava a resposta do mesmo com uma postura "tímida".

O taverneiro olhou o índio por alguns instantes. Sua cara amarrada deixava claro sua opinião em relação ao recém-chegado. Era um velho careca que estava na sua frente agora, limpava uma caneca quando decidiu falar com um tom de rispidez que já era de costume do andarilho ouvir. Porém este falou enquanto pegava um pão que estava dentro de uma cesta de palha no chão do recinto.

- We don't serve your kind in our little town. But today is a especial day over here, so I’ll open an exception. And no alcohol for you. Here... Enjoy... And if you want to see the show, it's okay. Only today.

Spoiler:

O velho colocou, de cara amarrada, um pão meio macio e um copo d’água na frente do viajante. Poderia ter sido pior esse primeiro contato. Mas parecia que o índio estava com sorte, afinal a cidade estava festiva. Parecia que um grupo de mulheres ia se apresentar no palco, não custava nada observar.

O Garou aceitou o pão e a bebida que lhe foram servidas, antes de voltar a falar mordiscou o pão e olhou a sua volta observando o local.
"Ele mencionou algo sobre um show, não sei ao certo o que isso significa mas talvez possa ser interessante já que esse velho senhor ofereceu-me o que pedi sem criar muito caso."

-Sr, this show it's kind of a local festival?

Spoiler:

Towni apesar de não ser bem vindo no local não poderia deixar de perguntar sobre o motivo de tal "show", talvez ele consiga algo durante tal festividade, já que os humanos tem um costume sem sentido de beber e comer além do necessário para a própria sobrevivência.

O barman estava recebendo outros pedidos. Logo não se incomodou em ignorar o índio. Já havia sido cortes demais com o peregrino. Assim sua pergunta se perdeu no vazio. Porém do mesmo vazio uma limpada de garganta lhe chamou a atenção. Ao olhar para direita viu um misterioso homem sentado ao seu lado. O chapéu e toda a vestimenta caracterizada combinavam com as duas pistolas do individuo, deixando claro que este era um pistoleiro. A barba vigorosa e o olhar frio mostravam ser um homem menos requintado e desligado de qualquer lugar civilizado. Era o tipo de personagem perigoso que atormentava os pesadelos do nobre índio. Todavia o copo de scotch em suas mão fazia este viajante não parecer tão hostil. Um sorriso com dentes amarelos apareciam dele antes desse falar.

- Black Town... I really like this place. Has a good scotch over here. But the best thing is the show. These girls come from the south. You probably never saw anything so pretty before. The war made they ran and come to the desert to make everyone here be happy. Hahaha!! So, sit down and appreciate the "festival". It could be the last thing that you'll do.

Spoiler:

O Jovem garou observou a movimentação do estranho e seus comentários sobre o espetáculo e as supostas garotas que fugiram do sul por causa das guerras, nenhuma delas e nenhum outro humano ali sabe o real significado de uma guerra, poucos já viram sangue em suas mãos e a quantidade daqueles que viu o sangue de sua própria família em suas mãos é insignificante. O estrangeiro liberou apenas um sorriso de canto de boca e não respondeu nada além de um balançar positivo de cabeça indicando que permaneceria ali para ver o tal espetáculo e aproveitar alguma oportunidade de conseguir alguma coisa, afinal ainda faltava conseguir um lugar para repousar.
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Danto rolou 3 dados de 10 lados com dificuldade desconhecida para teste de percepção + oculstimo que resultou 7, 5, 4 - Total: Sucessos desconhecidos

Assim sendo o simplório indígena se dirigiu para um dos bancos logo à frente. As palavras daquele homem branco pistoleiro se perderam no vazio e este voltou a sorrir para seu copo o qual tomou em seguida. O garou sentou. Era o último banco sobrando naquele lugar repleto de pessoas sedentas pelo espetáculo das lindas mulheres sulistas. Era uma atmosfera de excitação e expectativa para que as cortinas abaixassem e as lindas damas se apresentassem para eles. Eram as anjas para aquela terra sórdida, uma linda imagem para contracenar com toda a violência daquele mundo hediondo. Logo sem mais delongas as cortinas se levantaram e levaram a multidão ao delírio. Havia umas dez mulheres bem vestidas ali. Dez lindas jovens que fizeram vários piões soltarem seus chapéus para o ar. Estavam todos excitados, mais do que nunca. Esse efeito não ocorreu para o nobre indígena. Todavia outros dois sentimentos muito mais intensos ocorreram. O primeiro foi seu olfato que sentiu o cheiro mais podre de sua inteira vida. Aquele saloon estava contaminado com algo podre, muito podre. Todavia sua visão deu um sentimento totalmente oposto. A beleza de uma certa jovem era totalmente pura e magnifica. Por mais que era branca Twoni nunca viu nada tão belo. Era a mulher mais bonita que ele já viu.





Como podia haver alguma jovem tão linda rodando pelo mundo? Às vezes a natureza era gentil com o povo que a respeita. Sempre tem algo para compensar a dor em seu coração. O sorriso da moça era único. Era um sorriso que valia a pena lutar por. Era um sorriso que fazia um homem sozinho enfrentar toda uma cavalaria apenas para poder ver aquela face dócil e sorridente novamente. Não importava os desafios, aquela moça valia a pena. O espirito dela era puro e sua delicada face deixava isso claro. O coração do bravo indígena que nem era um humano se arrepiou como se fosse um ser comum. Olhando para ela não havia guerras, não havia monstros, não havia preconceito, ódio, rancor, violência, havia apenas um homem apaixonado. Paixão. Se essa era a palavra certa para descrever o que ele sentia, Twoni não podia dizer, já que nunca se sentiu assim antes. Era um sentimento tão complicado de distinguir. Pois quando os olhos da linda dançarina passaram pelos seus e se fixaram neste o pobre indígena se paralisou. Era como se a noite que tinha acabo de cair sobre a cidade negra tivesse sido destruída por um lindo sol brilhante. Aqueles olhos, aquele sorriso, aquela moça. Os passos de dança dela eram tão suaves e puros que por mais que Bill nunca prestou atenção na religião dos homens brancos podia jurar que acabou de ver uma anja. A anja que iria limpar aquelas terras das trevas. A anja da luz. Era ela a escolhida para trazer a pureza ao coração das pessoas. Se ela sabia que tinha esse poder era difícil de saber. Mas o andarilho sabia disso. Ele sabia que aquela pura mulher seria a que limparia as trevas de seu coração. E talvez as trevas de todas as suas terras. Ela era a luz que este injustiçado homem tanto procurava.

O "nativo" estava sentado em um dos bancos próximos ao balcão e observava o show que acontecia logo em sua frente, a música e os ruídos em volta desapareciam a cada segundo enquanto todo o bar e as pessoas que nele estavam desfocavam-se, só havia um som e um foco para o garou, esse foco era a bela e misteriosa mulher que participava do espetáculo.
"O que será isso? Alguma espécie de feitiço?! Será essa mulher uma bruxa ou algo parecido?! Não acho que exista uma feiticeira ou bruxa tão linda e que seja capaz de dançar tão bem...Como algo puro pode misturar-se a essa podridão desses homens sórdios..."
Ele permaneceu ali parado até o espetáculo acabar, ansioso para ver como terminaria e principalmente para onde a mulher que o encantou seguiria. Certamente ele iria atras dela para ao menos trocar uma palavra ou duas, não se pode deixar escapar uma bela flor em meio a um jardim morto e "Bill", como era chamado entre os homens brancos, estava preparado para ir até o fim e poder ao menos tocar nessa bela flor.

Assim sendo o espetáculo de dança durou por mais meia hora. A platéia poderia ter ficado a noite toda assistindo aquelas moças dançarem que não iriam se incomodar. O olhar da linda moça caiu sobre o indígena várias vezes ao longo da peça, trazendo harmonia para sua mente conturbada. Todos cantavam junto com a música alegres e contentes. O que parecia um efeito interessante. Como até num buraco podre de terra como aquele o povo mais imundo do mundo podia encontrar alguns momentos de paz e alegria. Era o efeito da linda jovem na certa. Só alguém puro como ela poderia despertar tal alegria no coração das pessoas. Parecia que todos ali estavam enfeitiçados pela sua beleza. Um transe de paz a harmonia. Diferente do que era de se esperar não houve tiroteios naquela cidade escura depois que os pistoleiros beberam mais da conta. No final da dança das jovens houve uma dissipação de homens. Muitos voltaram a jogar seus carteados. Outros voltaram para suas estalagens. E alguns outros foram para o balcão do bar cortejar algumas das dançarinas que ali estavam. No canto do saloon, do lado de um piano antigo de frente para a janela que dava para a escura rua estava a mulher mais linda do mundo. Alguns homens haviam ido até lá tentar a sorte e o mais sortudo apenas conseguiu uma marca de mão em seu rosto. Agora a moça olhava pela janela pensativa. Como era bela até no reflexo do vidro sujo.

O jovem nativo respirou fundo na tentativa de reunir toda a coragem que corria em suas veias, certamente foi mais difícil para ele motivar-se a ir falar com a bela mulher do que batalhar contra aquele maldito garou europeu que o desafiou alguns anos atras... Passando pelo meio do saloom e sem olhar para nenhuma outra pessoa alem da dançarina que havia encantando seu desesperado coração, ele finalmente aproximou-se e soltou algumas breves palavras.
-Just look you in this dirty mirror, just look you in the stage, just look you... to be sure that you're the most beautiful thing that in front of my eyes
I don't have a one reason for say this words, but i need to say, thanks for the show and thank you for bring to my eyes and heart a little piece of peace.

Spoiler:

A jovem se virou com uma sutileza nunca antes vista. Seu cabelo deu uma leve balançada quase hipnotizante até seus olhos chegarem aos olhos de Towni. Quando a calmaria dos mares azuis esverdeados dos intensos olhos da mulher mais linda do mundo alcançou o indígena de perto tudo havia parado. Não importava mais o quão belo fosse seus cabelos, suas roupas, ele não se importava mais com ninguém mais dentro do bar, ou com o homem sendo espancado por outros três do lado de fora da janela, não importava mais com os índios morrendo no oeste, nada mais importava. Apenas aquele olhar era importante para o nobre viajante. Era algo puro e belo demais para ser desperdiçado. Uma beleza superior a qualquer outra. Falar as palavras seguintes para Bill foi a coisa mais difícil de sua vida. Não era apenas como fazer um ato corajoso como salta de um penhasco. Cada palavra para aquela anja em carne e osso era como um pulo de cabeça dentro do penhasco mais alto das cordilheiras. Ela era perfeita demais para o sujo andarilho, apenas estar ali já era demais para ele. Só que mesmo assim seu espírito falou mais alto e este se esforçou como nunca para poder manter aqueles belos olhos focados nele por mais alguns momentos. Não importava a resposta dela, apenas aquele momento era o que importava. Se toda a magia iria se perder para sempre logo em seguida não havia problema. Apenas aqueles segundos eram o que importavam. Mas o dia era um dia de sorte. Pois os segundos viraram horas, pelo menos para o nativo virou. O tempo não correu, se fixou eternamente naquele segundo. Só que lentamente o delicado lábio da jovem começou a se mover e o pobre Towni sabia que quando aquele lábio se abrisse tudo teria chegado a um fim. Teria sido o fim de sua maior ambição. Perdido e desamparado ele ficaria para todo o sempre. A dor seria tão grande como a de ver sua terra em chamas. O último pedaço de alma pura de seu corpo seria queimado como o último pedaço de terra pura da América do norte estava sendo agora. Só que como já havia sido dito, era um dia de sorte, de muita sorte para os “peles vermelhas” errantes.

- You are different of all these troglodytes over here. Not only because of your skin, but have something really special on you... Well, well, i always thought that the natives didn't know a lot of English words, but you know the best ones. How i said, have something really special on you. And i, Beatrix, would be pleased to discover. *smile*. Would you sir like to spend a little time with me? I could drink a couple of something. I'm really thirsty...

Spoiler:

O inglês nunca foi tão difícil quanto seria nessa próxima frase, em alguns diálogos o jovem errante até conseguia alcançar uma pronuncia menos "nativa", mas essa ocasião resultou em uma frase mais simples do que o mesmo havia construído em sua mente. Seus sentimentos resumiam-se em um alivio e de modo efêmero transformavam-se em uma nova, e maior ansiedade. Era necessário manter a atenção da mais bela mulher que já havia visto, uma necessidade ímpar em toda a vida daquele que tanto se acostumará com a brutalidade e a crueldade dos homens brancos.
-Will be a honor show the especial things about me, if I am really have something. So, could you walk with me to the bartender? Get some wine or we can go drink in another place, if you wish of course. And...you can call me Bill...this is my english name.

Spoiler:

- So Bill. It will be a grace to be able to spend time with someone so ... Wild, so far in this world full of shit. Sorry for my inappropriate language, but when I'm thirsty I get a little wild. * Laughs ** She turns to the waiter * Be a good man and bring me a glass of red wine.

Spoiler:

O vinho logo foi servido. Todavia a atenção da dama estava perdida era em outro lugar. Os olhos de Bill. Este não conseguia escapar da calmaria dos mares azuis nos olhos da dama. Um sorriso meigo e ao mesmo tempo cheio de malícias pouco conhecidas pelo viajantes tomaram as faces da dançarina.

- Tell me Bill. What if there is to know about this mysterious man that I see in front of me. It seems that has good stories to brighten up my night. I would love to hear a little bit.

Spoiler:

Ela se debruça com delicadeza no balcão. Todas as atenções dela estava voltada para o índio. Mesmo sabendo que o resto dos homens ali não paravam de olhar para ela. Seus dedos tocavam suavemente na taça de vinho, mas não agem como se quisessem tomá-lo.

"Wild, i know what is wild...if i show my true wild face, no one will survive under my claws or my deep rage"
Essa frase rasgou a mente do jovem Towni que por alguns momentos lembrou-se de onde estava e de como a sua amada terra se encontrava, lembrou-se da dor e da agonia, das brasas e da corrupção pútrida da devoradora Wyrm... Entretanto, a profundeza azulada dos olhos de Beatrix fechavam a grande ferida em sua alma.
-You know, my people has many old tales this is one of these. I belive this will "feet" in my actual position...
The aligators not only has teeth - he's got tears as well. But since it lives in the marsh deep, no one sees them. A shame. After all, this leather beast is one of the oldest of the world's. A bit more sympathy couldn't hurt!

Spoiler:

A palavra "feet" foi pronunciada de uma forma diferenciada pelo jovem, a intenção era dar ênfase ao conto que seguiria a frente e construir uma espécie de elo de ligação com o conto. A atenção era direcionada unicamente para bela mulher, Towni pouco se importava com o garçom ou com os demais homens que a olhavam com desejo, finalmente ele poderia estabelecer contato com algum ser sem o medo ou a infeliz necessidade de terminar em uma brutal e sanguinária experiência.
-I saw a lot of stuff and shit all over the places, i live on the road, actually on the earth... roads and paths only leaves you in bad situations. The earth, the wild winds and the hot campfires... but i never saw one deepest and beatiful blue than your eyes.

Spoiler:

A mulher parecia apreciar as palavras de sabedoria do viajante da mesma forma que um rico senhor aprecia seu bom vinho numa tarde de verão. Ela passava seus suaves dedos pela borda da taça de vinho. Quase tocando em sua superfície. Seus olhos não desfocavam, estavam em total atenção para Towni.

-You really are full of words. The tale they told me, I known. Not from such origin, but I know from long experience. Even in the worst beasts there is a purity in its inside. Nothing is so dark if you look deeply. But not everyone wants it, prefer to avoid...

Spoiler:

Ela então deu uma breve olhada para os lados antes de voltar a falar. Dessa vez disse com um tom de voz mais baixo e se aproximando um pouco. Sua mão largou a taça e tocou no braço do indigena. A mão fria deu um arrepio no garrou que não conhecia aquela sensação de frio na barriga.

- I'd love to hear more stories about campfire in the wilderness. But here have a lot of people and noise. I would prefer to listen that in some silent place. I happens to have a room upstairs. If you like to continue your tales there.. Maybe you could see more than just my blue eyes.

Spoiler:

Ela soltou mais uma vez um sorriso malicio e parecia pronta para se levantar.

"What about this cold? I never feel nothing like that...Anyway, this is not important right now. I want see more than her eyes, this is love?! That cold strange sensation? I realy want know more about that, lets see."
O jovem garou deixou um pequeno sorriso delinear-se em seus lábios e colocando-se de pé tocou levemente o tecido sobre o braço direito da dançarina e olhou em volta a procura das escadas para subir para o quarto com aquela bela mulher.
- Of course my lady, i go with you...just show me the way.

Spoiler:

A mulher então nada disse. Seu lindo sorriso dizia tudo quando se levantou e pegou a mão do indígena. O guiou pelo meio da multidão e foi direto para a escada. Alguns olhavam de lado, mas ninguém fez nada contra os dois. Era apenas os dois no meio do mundo. O resto não fazia mais diferença. As guerras, as pestes, o fogo. Nada mais era relevante. Só o frio na sua barriga era sentido. Era um sentimento novo. Tomava todo o seu corpo e não largava. Era como uma fresca brisa de verão junto de uma tempestade de inverno. Era a dor e a alegria. Era a morte e a vida. Era amor. Era esse sentimento. Mesmo não conhecendo essa palavra era esta a melhor a ser usada.



As escadas para o andar superior não eram grande. Mas pareceu uma eternidade subi-la de mãos dadas com a mulher. Esta seguia um pouco a frente. Da posição que estava Bill podia ver todo o corpo dela. Era tão lindo como seu rosto, ao ponto de tomar sua respiração. Nada naquela noite estava fazendo sentido mais. Não era para isso acontecer com um índio sem terra. Mas mesmo assim estava ocorrendo. E nada poderia impedir. Nem a mais perversa das trevas. Era um momento de luz em Black Town.

A porta foi aberta e Beatriz convidou o homem a entrar. Era um quarto escuro, mas muito aconchegante. Tinha uma banheira cheia de espuma e algumas pétalas de rosa. Parecia algo muito chique para um reles viajante da montanha, mas algo ideal para uma dama como ela. A cama também era aconchegante, cheia de travesseiros e coberta com um suave véu. Havia um guarda roupa aberto cheio das mais diversas roupas que se poderia imaginar. Logo no canto do quarto tinha um trocador de roupa. Nada mais que uma madeira trabalhada feita em abas para cobrir a visão. Sem mais delongas a mulher se aproximou de tal aparato.

- Give me just one second, sweetie. I need to change my clothes, this one is no longer appropriate. Feel at home while i change. * Sweet Laughs *

Spoiler:

Antes mesmo dela entrar pro trás da tábua podê ver sua nudez. A roupa caiu ao seus pés enquanto ela caminhava para dentro com uma grande delicadeza. Aquela imagem deixou o viajante muito confuso. Não era uma nudez qualquer, pois não era uma mulher qualquer. Seu corpo era perfeito, pele tão liza, tão delicada. Parecia mais que um milagre encontrar tal ser em um lugar tão podre.

O garou mal sabia como se comportar, muito menos o que dizer em uma situação tão única quanto esta. A beleza da pele núa da dançarina, o odor do seu perfume, a sensualidade delicada da sua silhueta por trás daquela peça que os separavem. Seus pés o conduziram para a proximidade da cama e vagarosamente o mesmo se sentou e por alguns segundos fechou os olhos... Era preciso controlar o seus impulsos, era necessário manter a aparência humana que havia atraído aquela bela jovem, era hora de sentir a beleza da vida mortal e simplória de um homem comum.
-You have a wonderfull room here...
A pronúncia voltava a falhar, nessas ocasiões o inglês nunca se permanecia tão claro como costumava ser. Era uma pena que ela nunca entenderia seu idioma nativo, em hipótese alguma.

Um gambá saiu cautelosamente de sua toca, olhou para os lados e quando viu o grande vulto da pantera correu novamente para dentro. O vento soprava forte nos grandes e altos rochedos brancos, o corvo que lá vivia estava atento olhando em todas as direções. Os cactos pareciam grandes aventureiros crescendo no meio dos temíveis despenhadeiros onde os morcegos da noite faziam sua caça. A coruja em sua toca voltava com a sua presa. Viajantes faziam uma fogueira no meio do nada temendo o grande lobo que os observava de longe. Uma colmeia transbordava em mel e todas as abelhas zuniam pelo ar da noite fria. Todo o vale estava em vida. A grande Gaia em seu resplendor mostrava naquela terra tudo que podia oferecer. O mundo era perfeito. A natureza era bela e única. Mas nada disso importava. Apenas ela importava. Beatriz.

Lá estava ele. Um reles índio. Um simplório viajante em uma terra em que não pertencia. Sua verdadeira casa era la fora. Nos campos, campos esses cheios de vidas. As terras de seus antigos ancestrais estava logo lá fora. Mas agora nada mais daquele mundo parecia fazer sentido. Só ela fazia. Era ela a mulher de seus sonhos. Seus sonhos de um dia superar a dor, a dor da perda. Ela era o novo começo, aquele que tanto buscava. A luz no fim de uma terra cheia de trevas.

O tempo para ele estava andando devagar aquela noite. Foram varias vezes naquela dia que Towni teve a impressão que o tempo havia parado. Mas dessa vez parecia que este nunca mais ia voltar a andar. Seus olhos fechados, seu coração batendo. Tudo parecia uma grande loucura. Seu corpo parecia tremer por dentro. Eram sensações humanas que ele nunca havia experimentado antes. De todas essas novas emoções o medo era uma delas. Sempre foi forte contra os perigos e aceitava as perdas com dor, mas o real medo nunca sentiu. Até agora. O medo que tudo aquilo fosse uma fantasia, que nada ali fosse verdade. Essa sensação era terrível e doía por dentro. O outro sentimento já estava florescendo por todo o seu corpo. Paixão.

- Come on darlin... You can open your eyes... Nothing to be ashamed of... Come close ...

Spoiler:

Ele abriu os olhos devagar. Ele tomou um leve susto ao perceber o quão perto ela estava. Quase sentada no seu colo, não devia ter dois palmos de distância entre seus olhos e os dela. Dava para ver toda a imensidão do azul destes. Olhando para baixo um outra surpresa. Esta usava um roupão vermelho de ceda, parecia muito confortável, mas estava aberto. A nudez dela era totalmente visível. Seus seios pontiagudos e avermelhados na ponta, as curvas suaves de seu corpo, a clareza de sua pele, os detalhes inferiores. Dava para se ver tudo, mas nada disso chamava a sua atenção como os lábios dela. Neste havia algo diferente, muito diferente. Algo que ele nunca viu antes e não conseguia entender o que era. O cheiro podre também era forte agora, vinha de todas as direções do quarto. Parecia que de certo modo havia uma conexão. Aqueles lábios... Aqueles dentes... Tão pontiagudos... As trevas...

Spoiler:

A decepção corroeu os pensamentos do jovem sobrevivente, cuja última esperança jazia em presas tenebrosas daquela criatura, que há pouco era a mais bela e agora, era a pior de todas as feras. Os olhos do garou fixaram-se nas presas expostas e logo em seguida seus punhos cerrados empurraram a cama para gerar um impulso capaz de coloca-lo de pé em frente a mulher. Era inaceitável que a sua confiança tivesse sido manipulada por uma aberração humana, apesar do mesmo não saber exatamente o que estava a sua frente, a sensação macabra que sobrevoava o quarto era palpável o suficiente para provocar seus instintos de sobrevivência. A sensação do sangue borbulhar retomava, era a sensação que o mesmo sentia falta mas havia prometido nunca mais seguir, a sensação que sentiu quando ceifou a alma daquele forasteiro que havia humilhado-o em combate... A humilhação...
-The old tales from my people never make mistakes...and will never make. You are a beast like the aligators, if you can remember the tale. But you don't have any tears, you just have darkness and my mission is... Crush the darkness e cut her throat! So, you just have two choices: Run for your miserable soul, or stay and find your most painfull end... Here it comes the real me!

(off: Teste de força de vontade na sequência)

Spoiler:

O membro 'Danto' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

'd10' :

Resultado :

Os punhos logo foram soltando-se e o borbulhar ia amenizando aos poucos, a honra valeria muito mais apena do que a raiva intensa e a brutalidade sanguinária. O enfoque em suas palavras e principalmente nas palavras condutoras de seu sábio tutor que o jovem reuniu a toda sua capacidade e sua vontade para impedir que seus instintos aflorassem de uma maneira caótica e preocupante. E era essa mesma força de vontade que o fizera parar, que impulsionava a aura intimidadora que o mesmo havia arremessado contra a manipuladora sombria.

Off: Gasto de um ponto de força de vontade para garantir um sucesso no teste de Manipulação (5) + Intimidação (0) com dificuldade 9.

O membro 'Danto' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

'd10' :

Resultado :

Teste de Percepção + Ocultismo: Dificuldade 6

O membro 'Agamenon' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

'd10' :

Resultado :